Com mais de 1,6 milhão de atendimentos realizados ao longo desses 10 anos, Campo Grande foi a primeira capital do Brasil a ter uma CMB (Casa da Mulher Brasileira), refúgio para mulheres vítimas de violência e que se tonou referência para outras cidades.
O evento, realizado na noite de ontem, contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, a vice-prefeita Camila Nascimento de Oliveira, Deputado Federal Dr. Luiz Ovando, do Vereador Dr. Lívio Leite, na ocasião representando a Câmara Municipal, entre outras autoridades.
Em sua fala, o vereador lembrou da sua atuação direta nos casos de violência contra a mulher: “Tenho uma ligação muito forte com o tema por ser médico e por ser médico legista, atendendo quotidianamente casos de feminicídio, violência física, sexual e sabemos que esses números vão muito além do que atendemos na CMB”, disse.
O vereador lembrou ainda que teve uma lei de sua autoria que instituiu o Programa Recomeçar no município de Campo Grande, que obriga os autores de violência doméstica a uma reflexão e conscientização de seus atos, programa que funciona dentro da CMB.
Dr. Livio disse que o primeiro projeto de lei que apresentará nesta legislatura visa ampliar a rede de proteção às mulheres. “Precisamos atuar na prevenção, nos diversos locais onde a violência está acontecendo, no cárcere privado que fica oculto e não conseguimos atuar, nos bares, restaurantes e condomínios, obrigando toda a sociedade a participar dessa pauta e não a se omitir. É um orgulho fazer parte desse time”, explicou.
“Nossa utopia, por incrível que pareça, é que não exista a necessidade da Casa da Mulher Brasileira por não ter mais a violência contra a mulher”, finalizou.
Atendimentos de fevereiro de 2015 a dezembro de 2024
1,6 milhão de atendimentos psicossociais
138 mil acolhimentos na recepção
80 mil boletins de ocorrência
63 mil medidas protetivas