quarta-feira, 17/09/2025

Medidas de prevenção e vacinação são armas essenciais para o combate à dengue em Campo Grande

Com a circulação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya, é fundamental que a população de Campo Grande redobre os cuidados preventivos. Embora o sorotipo DENV3 tenha sido identificado em estados vizinhos e exija atenção especial das autoridades de saúde, em Campo Grande não há registro, e se deve muito graças ao trabalho contínuo de prevenção e conscientização desenvolvido pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, destacou que, em 2024, o município registrou mais de 12 mil notificações de casos suspeitos de dengue, mas que nenhum deles foi positivo para o sorotipo DENV3. “Ele já foi registrado em outros estados, o que é preocupante. Contudo, precisamos continuar mantendo os quintais limpos e adotando todas as medidas de prevenção, pois o calor e as chuvas são condições ideais para o aumento do mosquito transmissor dessas doenças. Cada um de nós precisa fazer a sua parte”.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, ressalta a importância das ações estratégicas de prevenção e monitoramento realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde no combate às arboviroses, que contribuíram para evitar a chegada do sorotipo circulante no país na Capital. “Desde 2007 não temos registros deste sorotipo no município, mas sabemos que a transmissão pode ser rápida. Como qualquer nova onda de transmissão que surge no país, isso exige uma atenção redobrada de todos nós”.

O clima quente e chuvoso, característico da estação, favorece a proliferação do mosquito transmissor da dengue, tornando este período crítico para o controle da doença. O aumento da umidade e o acúmulo de água criam o ambiente perfeito para o desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti, que transmite não apenas a dengue, mas também o Zika vírus e a chikungunya.

Assim, diante desse cenário, a Prefeitura de Campo Grande tem implementado diversas ações para combater a dengue, destacando-se as seguintes iniciativas:

• Vacinação contra a dengue: em Campo Grande a vacina está disponível para o público-alvo determinado pelo Ministério da Saúde (10 a 14 anos), com esquema de duas doses e intervalo de três meses. A vacinação é uma das ferramentas para controlar a disseminação da doença. Foi aberta campanha temporária para vacinar pessoas de 4 a 59 anos.

• Mutirões de limpeza: ao longo de todo o ano, a Sesau realiza ações comunitárias para eliminar focos de proliferação do mosquito, com a participação ativa da população e voluntários.

• Capacitação dos agentes de saúde: treinamentos contínuos têm sido empregados para os agentes de combate às endemias, visando otimizar o controle do vetor no município.

• Fumacê e bloqueios químicos: o serviço tem sido recorrente em diversos bairros de Campo Grande, com a utilização de máquinas de pulverização para combater a infestação do mosquito, com monitoramento constante das áreas de maior risco.

Parceira Estratégica

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde tem estabelecido parcerias estratégicas com diversas instituições públicas e privadas, por meio do Projeto Colaborador Voluntário. 

No sábado (11/01), foi lançada a 16ª edição da Liga Anti-Mosquito no Comper Itanhangá, em parceria com a Rede Comper (Grupo Pereira). O projeto visa mobilizar colaboradores e a comunidade para eliminar focos do mosquito. 

Desde 2010, a iniciativa capacita funcionários do Comper para apoiar os agentes de combate a endemias, fortalecendo os esforços de prevenção.

Recomendações importantes para a população

É fundamental que a população mantenha a vigilância constante e adote medidas simples, porém eficazes, para prevenir a proliferação do mosquito:

• Evite água parada em qualquer recipiente, como pneus, vasos de plantas e caixas d’água.

• Tampe bem tonéis, caixas e barris d’água, e limpe regularmente as calhas.

• Encha os pratinhos dos vasos de plantas com areia até a borda ou lave-os semanalmente.

• Mantenha a piscina sempre tratada e evite acúmulo de água em recipientes e verifique as lajes.

Notificações em 2025

Em 2025, Campo Grande já registrou 189 casos de dengue, o que reforça a importância não apenas da vacinação, mas também do controle do vetor para evitar uma eventual epidemia. 

“A vacinação é um reforço crucial, mas sem o controle adequado do mosquito, o risco permanece. A população deve continuar cuidando de seus ambientes, eliminando focos de água parada, para evitar a proliferação do Aedes aegypti. O controle do vetor é a nossa principal arma, por isso, a população precisa fazer a sua parte e ser parceira nesta guerra contra o mosquito,” finaliza a secretária de Saúde, Rosana Leite.

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