Após o caso de feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido em fevereiro, três delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) foram removidas de suas funções, incluindo as responsáveis pelo atendimento à vítima. A medida ocorre 45 dias após a morte de Vanessa e uma semana após a conclusão da Corregedoria da Polícia Civil, que não identificou erros no atendimento. Riccelly Albuquerque, que registrou o boletim de ocorrência, foi transferida para a Depac, enquanto Lucélia Constantino, que atendeu Vanessa na busca por medida protetiva, também foi removida. A titular da Deam, Elaine Benicasa, foi deslocada para a DGPC.
Após o feminicídio, foi criado um Grupo Técnico para revisar cerca de 6 mil boletins de ocorrência da Deam. Além disso, foi firmado um convênio para garantir que policiais civis e militares intimem agressores de mulheres de forma mais ágil.
O caso gerou indignação, com denúncias de falhas no acompanhamento de medidas protetivas, como a não notificação do agressor, que não foi intimado a tempo de evitar o crime. O caso segue em sigilo, mas os desdobramentos continuam a gerar questionamentos sobre os protocolos de atendimento a vítimas de violência doméstica.