Estudo divulgado pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) revela que 29% da população brasileira, entre 15 e 64 anos, é analfabeta funcional, ou seja, não consegue compreender textos simples ou realizar operações matemáticas básicas. Esse índice, embora estável desde 2018, destaca a persistência de desigualdades no país, com impactos negativos para a inclusão social e o desenvolvimento econômico. Em números absolutos, 29% da população brasileira corresponde a cerca de 62 milhões de pessoas.
Entre os jovens, o analfabetismo funcional aumentou de 14% para 16% nos últimos seis anos, o que pode ser atribuído ao fechamento das escolas durante a pandemia. A pesquisa também mostrou que, mesmo entre os mais escolarizados, 12% com ensino superior ainda apresentam dificuldades de leitura e escrita. O estudo destaca que 27% dos trabalhadores brasileiros são analfabetos funcionais, e a desigualdade é ainda mais acentuada entre negros, indígenas e amarelos.
A pesquisa chama atenção para a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para melhorar a educação no país e reduzir essas desigualdades. Segundo especialistas, é essencial garantir que todos, especialmente as novas gerações, tenham acesso a uma educação de qualidade que os prepare para os desafios da sociedade moderna, incluindo as transformações tecnológicas.