As cercas podem ser elementos perigosos por conta de sua extensão e por serem compostas por fios metálicos, condições essas ideais e que favorecem a condução de energia. Quando o raio cai em cima de uma árvore, ela fica perigosa em uma região de 10 a 20 metros no entorno de sua base. Porém quando um raio cai numa cerca, ele corre uma distância muito maior porque a cerca é composta por arames metálicos e a corrente vai andar pela fiação, às vezes 200 a 300 metros distante do ponto da queda e todo o gado que estiver ali perto, não necessariamente encostado, pode tomar choque. Para minimizar eventuais acidentes, a primeira medida a ser tomada é o aterramento, ou seja, criar caminhos para que a corrente que caiu no fio metálico da cerca vá para a terra.
A corrente do raio começa na nuvem e quer atingir a terra e criar caminhos, ligando os fios da cerca à terra, irá minimizar o risco. Outra técnica usada é o seccionamento. Ao seccionar os fios, a cerca torna-se pequena e ao invés da corrente elétrica percorrer grandes distâncias e energizar a cerca toda, se ela estiver segmentada em vários pedaços, quando um raio cair, só aquele pedaço será energizado, minimizando assim a área perigosa. Em cercas próximas a linhas de transmissão de energia, o vão entre um palanque e outro deve ser maior, para se evitar a continuidade de uma descarga com a força de um raio.
Alguns produtores fazem o seccionamento da cerca quando ela está perto da linha de energia pra evitar que a indução dê o choque, mas esse seccionamento não é suficiente quando o evento é um raio.
O ideal é que o produtor contrate um profissional para percorrer toda a propriedade e elaborar um projeto eficiente para tal finalidade!