A Suíça amanheceu em choque nesta sexta-feira (1º), Dia Nacional do país, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 39% sobre produtos suíços — uma das mais altas já aplicadas por Washington. A decisão foi divulgada na noite anterior e atingiu em cheio setores estratégicos como farmacêuticos, instrumentos de precisão e o icônico mercado de relógios de luxo.
A presidente suíça Karin Keller-Sutter afirmou ter tentado um acordo com Trump na quinta-feira, mas as conversas não avançaram. “Não houve negociação. Nem acordo. Mas há agora a brecha para negociar”, disse o analista André Andreazza, destacando que os próximos dias serão cruciais para reverter a medida, que entra em vigor em 7 de agosto.
A reação foi imediata no mercado: ações da Watches of Switzerland despencaram mais de 6% em Londres. Empresários suíços temem que seus produtos se tornem menos competitivos em relação a itens da União Europeia e do Reino Unido, cujas tarifas estão entre 10% e 15%. Autoridades suíças prometem pressionar por um acordo urgente.