O Palestino Muslim Abuumar (37), desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, no fim da tarde de sexta-feira (21), quando foi recebido por agentes da PF no porta do avião vindo de Doha, capital do Catar. Ele estava acompanhado da esposa grávida de 7 meses, um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos.
Ele foi empedido de entrar no Brasil suspeito de ligação com o Hamas. Após chegar em casa em Kuala Lumpur, capital da Malásia, Abuumar, em publicação no X disse que a decisão da PF foi injusta e que buscará a Justiça para “exigir desculpas e indenizações”.
“Para mim e para os ativistas brasileiros que apoiam os direitos palestinos, a batalha ainda não acabou, e continuaremos a busca legal para anular esta decisão injusta e exigir desculpas e indenizações. Estou absolutamente certo de que a justiça prevalecerá no final”, escreveu.
Na publicação, Abuumar diz que a “viagem familiar mal sucedida” para o irmão no Brasil foi prejudicada por suas atividades acadêmicas de apoio à luta palestina.
Abuumar acusa a PF de estar sob ordens dos Estados Unidos, aliado de Israel em meio à guerra contra o Hamas. “Opiniões políticas e atividades acadêmicas em apoio à causa palestina”.
Ele disse que não teve direito a advogado e tradutor. E que, ao ser informado do impedimento para entrar no Brasil, rejeitou a repatriação.
“A polícia apresentou um conjunto de alegações forjadas de apoio ao terrorismo, devido à minha atividade acadêmica em apoio à causa palestina e à minha posição clara de apoio aos direitos palestinianos e de denúncia da ocupação terrorista sionista da Palestina”, concluiu.