O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta sexta-feira (10) um novo programa habitacional voltado para a classe média brasileira. A iniciativa busca ampliar o acesso ao crédito imobiliário para famílias que ganham acima de R$ 12 mil, segmento que até então não era contemplado pelos programas tradicionais como o Minha Casa, Minha Vida. Segundo Lula, o objetivo é oferecer melhores condições para que trabalhadores possam adquirir imóveis com mais espaço e em locais próximos às suas residências atuais, respeitando a dignidade e o padrão de vida desses cidadãos.
O programa promove uma reestruturação do uso dos recursos da poupança, eliminando os depósitos compulsórios no Banco Central e aumentando o teto de financiamento no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para R$ 2,25 milhões. Com isso, a Caixa Econômica Federal planeja financiar cerca de 80 mil novas moradias até 2026, estimulando o mercado imobiliário e facilitando o sonho da casa própria para a classe média.
A reforma também traz uma transição gradual até 2027, modernizando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para maximizar os recursos destinados ao crédito habitacional. Essa mudança permitirá maior competição no setor, incluindo instituições financeiras que não captam poupança, e reduzirá os custos para os tomadores do crédito.
Expansão do crédito imobiliário e impactos para a economia
A expectativa é que o novo modelo dinamize o setor imobiliário, criando empregos e aquecendo a economia local, enquanto oferece alternativas acessíveis e dignas para quem até então encontrava dificuldades para adquirir moradias adequadas. A inclusão da classe média no programa de habitação reflete uma mudança significativa nas políticas públicas, visando atender a uma parcela importante da população brasileira.