Depois da megaoperação no Rio de Janeiro contra facções criminosas, a segurança pública voltou ao centro do debate nacional. Na semana passada, a Câmara Federal aprovou um projeto de lei que endurece penas e altera regras do processo penal para crimes praticados por organizações criminosas. Um avanço necessário, mas ainda insuficiente diante da realidade que o brasileiro enfrenta todos os dias.
E aí eu te pergunto: você se sente seguro quando sai de casa?
Tem tranquilidade ao andar na rua?
Acredita que dá para continuar vivendo como estamos?
O brasileiro está exausto de conviver com o medo. Quando você fecha a porta da sua casa com cadeado, instala alarme, cerca elétrica e câmera de vigilância… isso é proteção ou é desespero? Quando guarda o relógio, esconde o celular, troca o tênis por um mais simples para não chamar atenção, isso é liberdade?
Também precisamos fazer uma pergunta que poucos têm coragem de encarar:
somos, de fato, um país de bandidos ou de pessoas de bem?
Porque a verdade é que a imensa maioria do povo brasileiro é honesta, trabalhadora e levanta cedo todos os dias para sustentar sua família e ainda assim vive refém da criminalidade.
Se esse é o retrato do Brasil, por que o governo federal tantas vezes se mostra incapaz de garantir segurança ao cidadão comum?
Por isso, eu pergunto novamente:
o brasileiro seria contra ou a favor de leis mais duras, de um enfrentamento firme, claro e contínuo contra o crime organizado?
Hoje, milhões saem de casa sem saber se vão voltar.
E isso não é normal.
Não é digno.
Não é aceitável.
A pergunta que fica é simples e profunda:
até quando vamos aceitar viver assim?
Eu sou Luana Ruiz, para a revista Boca do Povo.
