A partir desta terça-feira (9), a população poderá acompanhar os gastos climáticos do governo federal de 2010 a 2023 por meio de um painel interativo. A ferramenta identifica despesas com mudança climática, biodiversidade e gestão de riscos e desastres.
Chamada de Painel Gastos Climáticos, a iniciativa é resultado de uma parceria entre o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), o BID, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Ministério da Fazenda.
Segundo levantamento oficial, o Governo Central aplicou R$ 782 bilhões nesse período, sendo R$ 421 bilhões para a agenda climática, R$ 250 bilhões para biodiversidade e R$ 111 bilhões para gerenciamento de riscos. O painel classifica gastos com impacto positivo e negativo, oferecendo dados para avaliar se as despesas estão alinhadas às metas climáticas.
A análise revela dois períodos distintos: até 2015 os investimentos foram maiores; depois houve queda influenciada pelo aperto fiscal e pelo teto de gastos. Além da redução, houve mudança no perfil de gastos: despesas com adaptação e gerenciamento de riscos passaram de 24% em 2010 para quase 70% em 2023.
O desenvolvimento do sistema levou dois anos, envolvendo órgãos técnicos e entidades civis, e a metodologia poderá ser replicada por estados, municípios e outros países.
