Enquanto o dólar se desvalorizava ante as principais moedas globais, o Brasil enfrentava um cenário político que limitava a sua queda. O índice DXY, que mede a força da moeda americana, caiu 1,7% esta semana, influenciado pelo temor com as tarifas comerciais dos EUA. No entanto, o impacto dessa queda foi atenuado pela situação política interna, que segue influenciando o câmbio nacional.
Apesar do mau humor no mercado internacional, o Brasil experimentou um feriado estendido, com indicadores financeiros fechados. A análise de economistas aponta que as questões políticas internas, como a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais e medidas do governo Lula, podem enfraquecer o real, interrompendo o movimento global de queda do dólar. Alexandre Espírito Santo, da ESPM, destacou que os problemas internos podem superar a influência externa, com medidas governamentais que aumentam a inflação, o que prejudica os esforços do Banco Central em controlar os preços.
Em meio a esse cenário, o Ibovespa e as bolsas globais também caíram, refletindo os efeitos das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. O impacto das tarifas, com um aumento de 25% nas importações dos EUA, tem pressionado mercados, incluindo o Brasil, que pode ter dificuldades para escapar dos efeitos de uma economia global em desaceleração.