quarta-feira, 24/12/2025

Concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul é tema de debate na ALEMS

O deputado Junior Mochi (MDB) abordou na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), durante a sessão plenária desta quarta-feira (26). a concessão da BR-163, pela CCR MSVia. “Um tema que percorremos o Estado por meio de audiências públicas. A concessão da BR-163, a inadimplência da empresa concessionária e as consequências que essa inadimplência traz”, declarou.

“A concessionária assumiu a concessão em março de 2014, no contrato estava previsto a duplicação da rodovia, os 845km de Sonora a Mundo Novo de 806 km, dentro de um cronograma estabelecido. Passaram se 11 anos e só 18% do que foi pactuado foi executado. Ao longo desse período, foram cerca de 480 mortes. Só em 2024, oitocentos e 65 acidentes e 74 mortes vítimas da inadimplência da empresa concessionária que não cumpriu com o que foi pactuado. Todos os dias o número de vítimas aumenta”, continuou o deputado Junior Mochi.

Junior Mochi frisou que a solução é necessária encontra solução para o problema persistente. “Esse assunto clama por uma solução, devemos cumprir a nossa parte, realizar as audiências públicas e encaminhar as proposições para quem tem a legitimação de tomar as medidas, o Ministério Público Federal [MPF]. A última audiência será na Câmara Municipal, no dia 7 de abril, em parceria com a Assembleia Legislativa, e será convidada toda a bancada federal”, informou Junior Mochi.

“Ao levantarmos os dados junto a Agência Nacional de Transporte Terrestres [ANTT], constatamos nos demonstrativos financeiros o valor de R$ 3,977 de empréstimos aos bancos públicos; e R$ 3,6 bilhões em pedágios, com as cobranças desde setembro de 2015. Foi investido somente R$ 1,9 bilhão. Precisamos que o leilão na B3 para repactuação solicitada pela CCRMS Via seja suspensa”, concluiu o deputado Junior Mochi.

O deputado Paulo Duarte (PSB) afirmou que o papel das agências fiscalizadoras não está sendo cumprido. “Na verdade, todas as agências, inclusive a ANTT são uma peça de ficção, não fiscalizam absolutamente nada, não vemos nada de concreto. O caminho é exatamente o Ministério Público. É difícil explicar para as pessoas aqui de Campo Grande, que daqui a Sonora, a BR-163 está de um jeito, quando entramos no Mato Grosso, a estrada é duplicada da divisa de Mato Grosso do Sul até Cuiabá, e a empresa é a mesma. Isso já passou da hora, é uma coisa absurda, lucro, pessoas morrendo, só a atitude mais dura de suspender o leilão da B3 pode trazer resultado”, concordou o deputado.

O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) lamenta o descaso da empresa com a população sul-mato-grossense. “Esta empresa ganhou essa licitação, está há dez anos, tivemos algumas audiências públicas com representantes da CCRMS Via e lembro que ele me disse que não havia condições de fazer investimento, porque o dólar subido, mergulharam, ganharam a obra, e não entregaram o produto prometido a população sul-mato-grossense”, disse.

CATEGORIAS:

Últimas Notícias

Mais notícias

Cachara do Bioparque Pantanal se recupera e retorna ao aquário

Uma cachara que estava em quarentena no Bioparque Pantanal por cerca de três meses retornou ao aquário de visitação, após responder positivamente ao tratamento...

Mapa intensifica fiscalização e apreende café irregular em Curitiba

Uma operação de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) resultou na apreensão de mais de 21 toneladas de café torrado e moído...

VÍDEO: Casa é consumida pelo fogo no Jardim Centenário

Na noite de ontem (17), um incêndio de grandes proporções atingiu uma residência na Rua Veleiros, no Jardim Centenário, em Campo Grande, deixando o...

Autor desrespeita a Justiça e é detido em Bataguassu

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher de Bataguassu, prendeu um jovem de 28 anos...