O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou à Polícia Federal que repassou US$ 86 mil em dinheiro para Bolsonaro após a venda de joias e relógios de luxo, recebidos durante a presidência. A informação foi revelada em sua delação premiada, com sigilo derrubado pelo Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (19)
Cid explicou que os valores foram entregues de forma parcelada e em espécie, sem registro das transações, para evitar suspeitas. O dinheiro foi obtido com a venda de itens como relógios das marcas Rolex e Patek Philippe, além de um kit de joias Chopard. A venda ocorreu em lojas dos Estados Unidos, e o pagamento foi fracionado e repassado por Cid ao ex-presidente durante viagens internacionais.
A Polícia Federal investiga a possível apropriação indevida de bens da União, que teriam sido direcionados para o acervo pessoal de Bolsonaro. O inquérito já indiciou 12 pessoas.