Os investimentos de fundos soberanos árabes no Brasil têm se intensificado nos últimos anos, ultrapassando a marca de US$ 14 bilhões. Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar têm direcionado recursos para setores como energia renovável, infraestrutura e alimentos. O movimento começou a ganhar força a partir de 2010, quando grandes operações começaram a ocorrer com o Qatar Holding e Mubadala, de Abu Dhabi. Em 2023, o valor dos investimentos atingiu um pico de mais de US$ 3 bilhões, com a compra de participação na Vale e na BRF, entre outras aquisições.
A Arábia Saudita, por meio do Public Investment Fund (PIF), tem se mostrado cada vez mais presente no país, destacando-se no setor de mineração e alimentos. A Mubadala também se tornou um dos investidores mais ativos no Brasil, ampliando seu portfólio em áreas como biocombustíveis e energia. O fortalecimento das relações diplomáticas entre os dois países tem contribuído para esse cenário, com visitas mútuas entre autoridades e empresas, além de acordos estratégicos de cooperação.
Com esse crescimento, as negociações entre investidores árabes e empresas brasileiras devem seguir em alta, refletindo uma diversificação das economias do Golfo Pérsico e uma busca por novos mercados.