O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está traçando uma estratégia para fortalecer candidaturas ao Senado em Mato Grosso do Sul (MS) nas eleições de 2026, buscando aumentar a presença da direita na Casa, que tem o poder de votar no impeachment de ministros do STF.
Uma das primeiras ações foi apoiar Beto Pereira (PSDB) no primeiro turno, apesar de ele ter terminado a disputa em terceiro lugar. Essa aliança foi articulada com lideranças do PSDB e do PL, incluindo o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é um dos possíveis candidatos ao Senado.
Além de Azambuja, Bolsonaro está considerando apoiar outros nomes de partidos de direita, já que duas vagas estarão em jogo. A aliança com os tucanos, no entanto, não agradou a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que apoia a reeleição de Adriane Lopes (PP). Com Lopes avançando para o segundo turno, Bolsonaro também gravou apoio à candidata do PP, consolidando uma aliança mais ampla.
No contexto local, o PSDB e o PP são os partidos com o maior número de prefeituras em MS, sendo os tucanos responsáveis por 44 das 78 cidades, incluindo Dourados e Três Lagoas. O PP administra 15 prefeituras, enquanto o PL conta com cinco.
Essas movimentações evidenciam a intenção de Bolsonaro de unir forças na direita, visando não apenas as próximas eleições, mas também garantir uma base sólida para influenciar decisões no Congresso.
