Na última sexta-feira (5), o vereador Professor Juari presidiu a audiência pública “Valorização da Escola Pública: Respeito Já”, realizada na Câmara de Vereadores em parceria com a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública). O movimento nasceu para recolocar a escola pública no centro do projeto de cidade: base da democracia, instrumento de inclusão e direito de cada cidadão. Ao longo da manhã, professores, diretores, coordenadores e assistentes ocuparam a Casa de Leis para defender a valorização de quem educa, a melhoria da infraestrutura das unidades e a posição firmemente contrária a iniciativas de criminalização, privatização ou terceirização na educação.
Ao abrir os trabalhos, Juari lembrou que falar de escola é falar do futuro imediato de Campo Grande. “A educação pública é o maior patrimônio de um povo, pois dela nasce a oportunidade de transformação social, de mobilidade e dignidade. Valorizar a educação é valorizar quem a constrói todos os dias: professores e professoras, e também os profissionais administrativos, sem os quais a escola não funciona”, afirmou. Para o vereador, precarizar a rede é perpetuar desigualdades: “Educação não é gasto, é investimento”. Ele reforçou ainda que seguirá atento e combativo a qualquer proposta que ataque a qualidade da escola pública.
O presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, destacou a necessidade de enfrentar o senso comum que tenta rotular ou criminalizar docentes, alimentado por polarizações e desinformação. “Estamos lançando nossa campanha. Nunca tivemos força tão grande na Câmara Municipal”, disse, ao agradecer a realização da audiência e o apoio de parlamentares. Para Gilvano, o Legislativo é peça-chave para transformar o debate em marcos legais que protejam a escola pública, assegurem concursos e condições dignas de trabalho, sem abrir espaço a terceirizações que fragilizam o ensino.
Representando a gestão municipal, o secretário de Educação, Lucas Bitencourt, apresentou um retrato da rede: 206 escolas públicas, 115 mil alunos e quase 81% do corpo docente concursado. Ele lembrou que, embora o concurso vigente previsse 328 vagas, a Prefeitura chamou mais de 1,2 mil professores efetivos, sinalizando esforço para reduzir carências históricas. “A escola pública precisa continuar sendo pública, e o diálogo é o caminho para identificar o que avançou e o que ainda precisa avançar”, pontuou.
Os profissionais presentes levaram preocupações concretas. Na Educação Infantil, faltam vagas e o número de crianças por sala ultrapassa o desejável. Nas demais etapas, a ausência de quadras cobertas e de materiais para a Educação Física compromete o trabalho pedagógico. Também houve críticas à desinformação que desgasta a imagem da escola e deslegitima o papel formador dos colégios na cidadania. A audiência encaminhou a sistematização dessas demandas para subsidiar medidas legislativas e administrativas, preservando e valorizando a escola pública. Para acompanhar os próximos passos dessa agenda e enviar contribuições, a população pode contatar o gabinete do Professor Juari pelo WhatsApp (67) 99616-5999 ou pelas redes sociais: @professorjuari.