O governo federal voltou atrás e decidiu não aplicar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos de fundos no exterior, medida que havia sido anunciada horas antes. A decisão de recuo foi comunicada pelo Ministério da Fazenda por meio da rede social X, após forte reação negativa do mercado financeiro.
O aumento da alíquota de IOF para 3,5% afetaria transferências de pessoas físicas para contas no exterior com fins de investimento, que agora retornarão à taxa anterior de 1,1%. A medida havia sido anunciada em conjunto com outras elevações de impostos, como sobre compras internacionais no cartão e planos de previdência privada.
Especialistas avaliaram a medida como um retrocesso, que poderia inviabilizar estratégias de diversificação de portfólios e proteção cambial. A revogação deve ser oficializada por um novo decreto presidencial.
A Fazenda justificou o recuo como um “ajuste feito com equilíbrio, ouvindo o País”. Ainda não há estimativa sobre o impacto fiscal da reversão, que afeta previsões de arrecadação de até R$ 41 bilhões para 2026. Após o anúncio, o dólar voltou a subir.