A crise interna no PT, agravada por disputas pelo comando do partido, ameaça o nome de Edinho Silva, favorito de Lula para a presidência da sigla. O racha foi provocado por uma ala da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que, ao contestar a escolha de Edinho, passou a buscar um nome alternativo para a disputa. Nos bastidores, o ex-prefeito de Araraquara tenta unificar aliados, incluindo a nova ministra Gleisi Hoffmann e o senador Humberto Costa. Contudo, o clima de tensão persiste, com denúncias de filiações em massa e críticas internas sobre a gestão financeira do partido, com um fundo anual superior a R$ 700 milhões.
A disputa pela tesouraria também intensificou o conflito. O episódio mais recente foi um jantar entre dirigentes, incluindo Gleisi, no qual se discutiu a sucessão na presidência do PT. Durante a reunião, Lula tentou mediar a crise, mas a divulgação do encontro causou desconforto, resultando em um desgaste significativo. O presidente, com a popularidade em queda, teme as repercussões dessa divisão no momento em que prepara sua reeleição em 2026. A corrente CNB, enquanto tenta preservar a unidade, já é chamada ironicamente de “Construindo uma Nova Briga”.