O MPMS se reuniu nesta semana para discutir a grave crise financeira e de gestão da Santa Casa de Campo Grande. A reunião abordou problemas críticos como desabastecimento de medicamentos, atrasos no pagamento de profissionais e fornecedores, além de paralisação de ambulatórios e cirurgias eletivas.
A Santa Casa enfrenta um déficit mensal significativo e um aumento nas despesas com pessoal entre 2022 e 2024, o que tem dificultado o funcionamento da unidade. O hospital relatou que a falta de pagamento a fornecedores tem gerado a escassez de insumos essenciais para o atendimento, além de prejudicar os salários dos médicos e demais profissionais.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou que os repasses estaduais e municipais têm sido feitos regularmente, e que uma Comissão de Avaliação de Contratualização está sendo responsável por garantir a correta aplicação dos recursos e o cumprimento das metas.
A crise gerou grande preocupação no MPMS, que acompanha a contratualização entre a Santa Casa e o poder público há anos. O Ministério Público destacou a importância de manter a qualidade da assistência aos pacientes e a transparência na gestão dos recursos. Como resultado da reunião, foi acordado que a Santa Casa enviará demonstrativos dos débitos à 32ª Promotoria de Justiça em até cinco dias úteis. Em seguida, uma nova reunião será agendada para discutir possíveis aportes financeiros e garantir a regularização do abastecimento de medicamentos e insumos.
A crise continua a exigir soluções urgentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais de saúde à população de Campo Grande.