quinta-feira, 13/11/2025

Bombeiros atuam há quatro dias para conter incêndio iniciado por caminhão e monitoram foco na Bolívia

Com estratégia de atuação coordenada para identificar e agir no controle e extinção dos incêndios florestais do Pantanal em Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros – com o auxílio das forças que colaboram nas ações – trabalha há quatro dias na região da Nhecolândia e há dois dias também faz o monitoramento de um foco localizado na Bolívia, na fronteira com o Brasil.

Na Nhecolândia, por causa da dificuldade de acesso, o combate ao incêndio mobiliza equipes deslocadas por terra e ar. Na terça-feira (23), um caminhão de transporte de gado que estava atolado na areia pegou fogo e as chamas se alastraram rapidamente na área.

Um dia após o início das chamas, quatro guarnições de combate chegaram ao locam e ontem, onze militares foram transportados de helicóptero para a área.

“O grande foco atual de trabalho é o incêndio na região da Nhecolândia, que começou com um caminhão que pegou fogo. Esta semana os combates estão sendo bastante intensos. A região é muito sensível, tem muitas fazendas e também pelo fato de estar próximo do Parque Estadual do Rio Negro”, disse o coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros e chefe das operações de combate a incêndio, ontem (25) durante a transmissão – ao vivo – do boletim semanal da Operação Pantanal, quando foram atualizados os dados sobre os combates.

Já em uma área alagada na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, na região conhecida com Bonfim, o incêndio florestal no país vizinho é monitorado por satélite, com dados em tempo real pelo SCI (Sistema de Comando de Incidentes), e ainda presencialmente por uma equipe do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar).

A equipe da base avançada São Lourenço, do CBMMS, faz o monitoramento com uso de embarcação. Desde ontem os militares acompanham a situação e pelas imagens, foi observado que há baixa probabilidade de progressão das chamas e entrada no Brasil. O fogo é de baixa intensidade e a progressão é lenta, além de estar localizado em vegetação baixa, cercado por uma área úmida com margens de aproximadamente 100 metros.

Com 116 dias desde o início das ações de combate da Operação Pantanal 2024, além desses dois focos, o trabalho também é direcionado em outros focos ativos na região do Porto da Manga e na área de adestramento do Rabicho. Na Nhecolândia as chamas estão nas proximidades da fazenda Tupaceretã e fazenda Santa Sophia. Além das regiões onde estão sendo feitos os combates, existem ouras áreas de alerta e monitoramento – além da fronteira com a Bolívia – na região do Maracangalha, nas proximidades da fazenda Caiman, em Rio Verde.

Gretap

Gretap realiza curso de manejo para voluntários

O trabalho do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) foi destacado ontem (25), durante a transmissão do boletim semanal da Operação Pantanal, e hoje (26) os voluntários realizam uma capacitação em Corumbá (MS), voltada ao manejo, captura e remoção de crocodilianos (jacarés).

“É o pessoal da linha de frente do Gretap. Entre veterinários, acadêmicos do curso e militares, são 23 pessoas. Esta capacitação é justamente devido ao início do período crítico do fogo, que deve se intensificar. A equipe vai estar preparada para manejar, principalmente os crocodilianos, que são uns dos animais mais afetados pelo fogo”, explicou a coordenadora operacional do grupo é a bióloga e médica veterinária Paula Helena Santa Rita.

“Essa é uma das nossas agendas prioritárias. O Gretap foi criado em 2020 em decorrência dos grandes incêndios florestais. E hoje a atuação acontece em duas grandes frentes, uma delas é o aporte nutricional e o afugentamento de fauna”, explicou o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Arthur Falcette.

Para garantir a fuga dos animais para áreas seguras a equipe acompanha a progressão do fogo e cria rotas de saída. O trabalho é potencializado com o uso dos aceiros, que são faixas sem vegetação, confeccionados de forma preventiva – e também para confinar e isolar os incêndios –, inclusive pelos fazendeiros.

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