Donald Trump e Vladimir Putin protagonizam nesta sexta-feira (15) um encontro histórico no Alasca, reacendendo esperanças e temores sobre o futuro da guerra na Ucrânia. Pela primeira vez em uma década, o líder russo pisa em solo americano, enquanto Trump tenta mostrar liderança em um tema que marcou sua campanha: a promessa de encerrar o conflito em 24 horas.
A reunião, sem uma agenda clara e com a Ucrânia excluída das discussões, tem caráter simbólico forte. Putin busca reposicionar-se no cenário global após anos de isolamento, enquanto Trump avalia os custos e benefícios de um cessar-fogo que possa ser vendido como trunfo político.
Especialistas alertam, porém, que o encontro pode ter mais valor de imagem do que de substância. A ausência de Kiev nas negociações levanta preocupações sobre concessões territoriais que poderiam ser feitas sem o aval ucraniano. Do lado europeu, há pressão por uma solução duradoura, não apenas midiática.
O que se desenha, segundo analistas, é uma partida de xadrez diplomática em que ambos os líderes têm muito a perder — e a Ucrânia, ainda mais.