A decisão de um aluno graduado, especialmente faixas marrons e pretas, de trocar de dojô ou de mestre não é algo simples. Esse vínculo entre aluno e mestre geralmente é profundo e duradouro, construído ao longo de anos de treino e dedicação. Muitas vezes, essa mudança acontece por razões legítimas, como mudança de cidade ou dificuldades de locomoção, o que é compreendido e respeitado pelo mestre. Contudo, ultimamente, temos visto um aumento na troca de dojôs por motivos menos claros, e isso tem gerado preocupação entre os mestres de karatê.
Quando um aluno recém-formado decide sair para treinar com outro mestre, pode surgir uma quebra de respeito e até mesmo um aprendizado fragmentado, prejudicando o desenvolvimento do verdadeiro espírito marcial. O mestre deve lembrar ao aluno que a formação no karatê vai muito além das técnicas; envolve caráter, humildade e respeito. É fundamental que o aluno mantenha a lealdade, evitando a arrogância e a ilusão de que já sabe tudo.
Antes mesmo de escolher um dojô, especialmente para crianças, é importante que a escolha do mestre seja feita com cuidado, não por modismo ou influências externas. O respeito pela academia e pelo mestre de origem deve ser sempre preservado, pois o caminho do karatê é também um caminho de valores e ética. O aluno deve treinar para seu próprio crescimento, buscando sempre o verdadeiro espírito do karatê, sem se deixar levar por palavras fáceis ou promessas vazias.
