O desafio de manter a atenção dos estudantes em sala de aula é uma constante para os professores brasileiros. Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, da OCDE, os docentes gastam cerca de 21% do tempo para garantir a disciplina e a concentração dos alunos. Marcos Nunes, professor de matemática no Rio de Janeiro, usa métodos criativos, como músicas populares, para tornar suas aulas mais atrativas e dinâmicas, ajudando os alunos a aprender fórmulas complexas de forma leve e divertida.
Na zona rural, a tecnologia também é uma aliada. Amanda de Sousa, professora de inteligência artificial em uma escola do Piauí, enfrenta a falta de recursos, mas desenvolve aulas práticas que envolvem até algoritmos desplugados, adaptando o ensino às realidades locais. Já em aldeias indígenas, o desafio é maior, pois o interesse dos adolescentes diminui. Estratégias que aproximam o ensino do cotidiano e valorizam a cultura local ajudam a manter os estudantes engajados.
Por outro lado, a educadora Luana Tolentino alerta para a importância de não focar somente na disciplina como critério para um ensino de qualidade. Segundo ela, é fundamental que as aulas dialoguem com a vida e os saberes dos estudantes para que eles se sintam motivados e valorizados. Contudo, a profissão enfrenta problemas sérios: baixos índices de valorização e altos níveis de estresse e adoecimento entre os professores brasileiros são realidade.
No Dia Nacional do Professor, celebrado em 15 de outubro, é importante reconhecer esses desafios e os esforços diários dos educadores, que buscam transformar a aprendizagem e a vida de seus alunos.