As startups sul-mato-grossenses vêm se destacando como referências em inovação e desenvolvimento tecnológico no país. Com o fomento do Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect) e da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), empresas como a Arandu Biotecnologia, que desenvolve corantes naturais a partir de microrganismos do Pantanal, e a República das Arteiras, uma fashion tech com viés social que conecta costureiras a consumidores por meio de uma plataforma digital, demonstram como o investimento público pode ser decisivo para tirar ideias do papel e levá-las ao mercado em escala.
“Nosso corante nasceu no laboratório, mas foi com o apoio do Programa Centelha que demos os primeiros passos como empresa e no desenvolvimento tecnológico. Desde então, temos crescido de forma estruturada, captando novos recursos, validando a tecnologia e construindo parcerias estratégicas. Hoje vivemos um momento de transição importante, saindo da validação laboratorial para a validação em escala industrial, um marco que reforça o impacto que a inovação pode gerar quando encontra apoio institucional”, destaca Arthur Macedo, CEO da Arandu Biotecnologia.
“O Programa Centelha tornou possível a transição do nosso modelo físico para o digital. Saímos de uma dúzia de costureiras para uma rede digital com 130 profissionais cadastradas”, ressalta Ivani Marques da Costa Grance, fundadora da República das Arteiras.
Segundo dados do Observatório Sebrae Startups, Mato Grosso do Sul conta atualmente com 580 startups ativas, sendo que 258 já receberam apoio do Governo do Estado por meio da Fundect. Cerca de 40% do ecossistema empreendedor do Estado recebeu suporte direto ou indireto através de editais de subvenção econômica, bolsas e investimentos em ambientes de inovação.
Entre os principais programas de apoio estão o Centelha e o Tecnova, desenvolvidos em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que oferecem recursos financeiros não reembolsáveis para estimular a inovação. O Centelha é voltado à criação de novos empreendimentos inovadores, enquanto o Tecnova busca acelerar o crescimento de pequenas e médias empresas por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento.
O edital do Tecnova 3, lançado em 2024, representou um investimento recorde de R$15,4 milhões em 30 empresas. Já o Programa Centelha, em suas duas edições, investiu mais de R$6 milhões, capacitou 2 mil pessoas e apoiou 80 startups.
“O investimento em soluções inovadoras faz parte da estratégia do Governo do Estado no apoio ao empreendedorismo de base tecnológica. Ao longo dos últimos oito anos, a Fundect e a Semadesc investiram R$ 44 milhões em startups, por meio dos programas Centelha, Tecnova, Desafios de Inovação, editais de Inovação para a Indústria, além de bolsas, intercâmbios internacionais e investimento em ambientes de inovação. Para um país que precisa de soluções tecnológicas, esse investimento é crucial e Mato Grosso do Sul já está à frente”, explica Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect.
Essas iniciativas contribuíram para que o estado alcançasse a 3ª colocação nacional em apoio a empreendimentos inovadores, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados – CLP, além de figurar no top 10 do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), do INPI.
“A inovação é tratada pelo Governo do Estado como uma política estruturante e transversal, com impacto direto no desenvolvimento econômico, na diversificação da matriz produtiva e na geração de empregos de alto valor agregado. Os resultados mostram que estamos no caminho certo. A atuação da Semadesc, por meio da Fundect, e de programas como o Centelha, o Tecnova, as Bolsas de Iniciação Tecnológica e os Núcleos de Inovação Tecnológica, consolida o ambiente de inovação como parte de um projeto estratégico para o futuro do Estado”, afirma o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
De acordo com o Observatório Sebrae Startups, Mato Grosso do Sul lidera o número de startups ativas na região Centro-Oeste, com 580 empresas, seguido por Mato Grosso (525), Distrito Federal (474) e Goiás (335). O Estado também está entre os 10 com maior número de startups no Brasil, sendo destaque em segmentos como agronegócio, impacto socioambiental, alimentos e bebidas, saúde e bem-estar e tecnologia da informação.
“Os dados confirmam o protagonismo de Mato Grosso do Sul no ecossistema de inovação do Centro-Oeste. Somos o Estado que mais investe em startups na região, com metade dos empreendimentos em atividade recebendo apoio direto de programas estruturados pela Fundect e pela Semadesc. Isso reforça nosso compromisso com a ciência aplicada, a valorização de talentos locais e a transformação de ideias em soluções tecnológicas que impactam positivamente a economia e a sociedade sul-mato-grossense”, conclui o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Senna.
Mais informações sobre os programas de subvenção citados podem ser conferidas abaixo: