Ação conjunta do Ministério Público e Receita Federal aponta que o PCC utiliza postos de combustíveis e uma rede de hotéis e motéis para lavar dinheiro em diversas cidades de São Paulo. A facção criminosa mantém contabilidades paralelas e contadores próprios, dificultando o rastreamento dos recursos. Na última quinta-feira, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em 35 endereços ligados ao esquema, que também envolve jogos ilegais e comércio de combustíveis adulterados.
A investigação surgiu após apreensão de máquinas de cartão em Santos, ligadas a apostas clandestinas, cujo dinheiro era movimentado por fintechs usadas para ocultar a origem ilícita. Segundo o MP, a organização controla parte da cadeia produtiva do etanol, gasolina e diesel, ampliando seu domínio econômico e financeiro.
A operação Carbono Oculto, realizada em agosto, revelou movimentações suspeitas de R$ 17,7 bilhões por instituições financeiras ligadas ao crime. O advogado do líder do PCC, Marcola, nega envolvimento com os fatos investigados.