A Polícia Federal revelou um dos maiores esquemas já associados ao PCC, que usava o setor de combustíveis para lavar bilhões. Em mensagens obtidas nas investigações, criminosos se antecipavam a fiscalizações e operavam com armas à mostra. O plano começava com importações ilegais de produtos como metanol e nafta, usados para adulterar gasolina e etanol substâncias que chegaram a 90% de mistura nos testes da ANP.
Para sustentar a operação, o grupo adquiriu usinas endividadas, abriu distribuidoras fantasmas e usou transportadoras para espalhar o combustível adulterado. A rede criminosa controlava até 1,2 mil postos no país.
O dinheiro circulava por fintechs e era “legalizado” por fundos de investimento na Faria Lima, movimentando cerca de R$ 30 bilhões. Parte dos envolvidos está foragida, incluindo o maior adulterador do país. A megaoperação marcou um duro golpe no braço financeiro do crime organizado.
