Pela primeira vez desde o vazamento de provas em 2009, o Ministério da Educação reduziu as exigências de segurança para a impressão do Enem. O novo edital elimina a obrigatoriedade de câmeras a cada 20 m², diminui o número de vigilantes e retira a exigência de auditoria externa. O Inep afirma que as alterações representam uma “evolução técnica”, mas especialistas e ex-presidentes do instituto alertam para riscos maiores de falhas e vazamentos.
A gráfica Plural, responsável pela impressão, garante que investiu mais de R$ 48 milhões em tecnologia e segurança. Apesar disso, profissionais da área dizem que a ausência de parâmetros objetivos — como número exato de seguranças por área — pode deixar pontos cegos.
O Enem será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro e segue como a principal porta de entrada para universidades públicas. As mudanças levantam debate sobre o equilíbrio entre economia, eficiência e proteção de um exame que afeta milhões de estudantes.