O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) intensificou apurações no Hospital Regional de Campo Grande com uma “blitz” realizada recentemente na unidade. A vistoria ocorre às vésperas do leilão da Parceria Público-Privada (PPP), previsto para dezembro, que deve injetar mais de R$ 954 milhões na estrutura hospitalar ao longo de 30 anos.
Atualmente, oito inquéritos civis estão em andamento para investigar problemas como falta de insumos, déficit de profissionais, superlotação, retenção de macas e falhas em equipamentos de imagem, como os de raios X. O MP aponta precariedade nas estruturas e manutenção irregular.
A Fundação Serviços de Saúde (Funsau) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) estão sendo cobradas sobre o estado dos aparelhos e os planos de modernização. Em nota, o hospital negou falhas e garantiu ter um parque tecnológico “capaz de suprir a demanda”.
A PPP, segundo o governo, promete duplicar a área construída e modernizar os serviços. A investigação, no entanto, lança dúvidas sobre a real capacidade da unidade até a entrada da iniciativa privada.