O Comando Vermelho (CV) tem ampliado seu arsenal e suas estratégias de guerra no Rio de Janeiro. Durante a megaoperação de terça-feira (28), integrantes da facção usaram armas europeias, drones para vigilância e roupas camufladas para enfrentar a polícia.
Entre os fuzis apreendidos, modelos da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil chamaram atenção das autoridades, sendo a maioria de calibres 5.56 e 7.62. O transporte de armas ocorre frequentemente por rotas que passam pelo Paraguai, com montagem de peças adquiridas legalmente.
Ex-capitão do Bope, Paulo Storani, destacou que o CV tem acesso a fuzis G3, AK-47 e FAL, todos de uso militar sofisticado.
A tecnologia também tem papel estratégico: drones foram usados para lançar granadas e monitorar ações policiais. Mensagens internas da facção mostram preocupação com equipamentos de vigilância noturna.
Roupas camufladas são usadas por criminosos durante os confrontos. Um exemplo é a criminosa “Japinha do CV”, que morreu usando esse tipo de vestimenta. Os dados do Instituto de Segurança Pública apontam que, de janeiro a setembro deste ano, foram apreendidos 593 fuzis no Rio de Janeiro, cerca de 40% do total nacional.
A evolução do arsenal do CV mostra uma escalada bélica e a adaptação da facção às tecnologias modernas. Especialistas alertam para a necessidade de políticas de segurança mais integradas e modernas.
