A confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granja comercial no Brasil, em Montenegro (RS), trouxe impactos imediatos para o setor avícola. Além da queda nas exportações, empresas intensificaram medidas de biossegurança para conter o vírus H5N1. A Mig-Plus, do setor de nutrição animal, passou a desinfetar rigorosamente seus caminhões com solução de amônia quaternária a 40% e reforçou o uso de EPIs por motoristas.
Internamente, o governo reativou o Centro de Operação de Emergência (COE) para monitorar o avanço da gripe, com reuniões quinzenais e participação de órgãos ambientais. As ações visam proteger tanto a cadeia produtiva quanto a fauna silvestre.
Eventos tradicionais também foram afetados. Em Bastos (SP), a Festa do Ovo foi adiada para agosto como medida preventiva. A decisão, tomada por autoridades locais e entidades do setor, busca proteger os mais de 13 mil empregos diretos e indiretos ligados à avicultura na cidade.
Com o pico migratório de aves em andamento, o setor adota uma postura cautelosa para evitar novas contaminações e garantir a segurança sanitária nas granjas e eventos.