O governo federal anunciou a aprovação de 17 projetos dentro do programa Restaura Amazônia, destinados a transformar áreas degradadas de assentamentos rurais em florestas produtivas. A iniciativa receberá um investimento de R$ 150 milhões, provenientes do Fundo Amazônia, e beneficiará cerca de 6 mil famílias em 80 assentamentos.
O objetivo é recuperar 4,6 mil hectares no chamado Arco do Desmatamento, que abrange regiões do Maranhão ao Acre. A estratégia aposta no reflorestamento com espécies nativas de alto valor comercial, como açaí, cacau, dendê e cupuaçu.
Segundo o ministro Paulo Teixeira, do MDA, essas culturas são mais rentáveis do que soja e pecuária, mostrando que é possível desenvolver a região sem desmatar. Já a ministra Marina Silva destacou que a restauração ambiental pode gerar emprego e renda com sustentabilidade.
Os projetos foram distribuídos em três macrorregiões e terão 48 meses para execução e acompanhamento. Além disso, o programa Caminhos Verdes receberá R$ 146 milhões para regularização fundiária via Incra, fortalecendo o combate ao desmatamento ilegal.
Os recursos são não reembolsáveis e reforçam o compromisso do Brasil com metas climáticas e de reflorestamento.