Centenas de palestinianos se reuniram nesta segunda-feira (11) na cidade de Gaza para o funeral de cinco funcionários da Al Jazeera mortos em um ataque aéreo israelense. O bombardeio atingiu uma tenda de imprensa montada nas proximidades do Hospital al-Shifa, resultando na morte de sete pessoas, incluindo os repórteres Anas al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, e os operadores de câmara Ibrahim Zaher, Moamen Aliwa e Mohammed Noufal.
O cortejo fúnebre percorreu as ruas até o Cemitério Sheikh Radwan, onde colegas e familiares, visivelmente abalados, prestaram suas últimas homenagens. Um colete com a inscrição “imprensa” foi erguido entre a multidão como símbolo de resistência e luto.
A Al Jazeera classificou o ataque como “assassinato seletivo”, acusando as forças israelenses de visar deliberadamente os jornalistas. A organização Repórteres Sem Fronteiras confirmou que outros três profissionais de imprensa também ficaram feridos.
O episódio intensifica as denúncias de ataques sistemáticos à liberdade de imprensa durante o conflito em Gaza, em meio a uma escalada que já custou inúmeras vidas civis.