O dólar em alta, já consolidado no patamar de R$ 6, começa a impactar diretamente os preços de alimentos e produtos importados, deixando o Natal de 2024 mais caro. Frutas frescas, como lichia e melão, que estão entre os itens mais consumidos nas festas, sofreram reajustes de até 10%. O preço de produtos como azeite, bacalhau e vinho, já foi elevado em torno de 10% neste mês.
A pressão do câmbio também afeta os bens duráveis. Indústrias de eletrodomésticos e eletrônicos preveem reajustes a partir de janeiro, com aumentos de até dois dígitos, em razão do custo elevado de matérias-primas como plástico e aço, que são cotados em dólar. A perspectiva é que a inflação de 2025 seja pressionada pela disparada da moeda americana, com previsões de crescimento de até 4,59%, o que poderá dificultar ainda mais o poder de compra do brasileiro.
Enquanto as festas de fim de ano oferecem um alívio momentâneo com o estoque de produtos comprados a preços menores, os aumentos de preços devem ser inevitáveis após as comemorações. Isso reflete uma preocupação crescente entre os economistas sobre os efeitos da desvalorização cambial sobre a inflação no próximo ano.