O agro brasileiro está em ebulição — e isso ficou muito claro no 10º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, que aconteceu agora, dias 22 e 23 de outubro, em São Paulo.

Três grandes temas dominaram o debate. O primeiro foi sustentabilidade, clima e regulação. O novo Plano Clima gerou polêmica: lideranças do agro afirmam que o texto, da forma como está, pode aumentar custos e impor novas restrições à produção rural. Por isso, pedem que ele seja revisto antes de seguir adiante no Congresso. O setor defende regras claras, equilíbrio econômico e respeito à realidade de quem produz.
O segundo tema foi inovação e protagonismo feminino. O evento celebrou dez anos e trouxe o lema “Mulheres que mudam o mundo para melhor”. A mensagem é clara: as mulheres do agro não são coadjuvantes, são protagonistas. Estão à frente da inovação, da pesquisa, da genética, dos bioinsumos e de toda a transformação tecnológica que o campo vem vivendo. A sucessão familiar, o empreendedorismo e a profissionalização das gestões rurais também tiveram destaque.
E o terceiro ponto foi competitividade global e custos de produção. O produtor brasileiro enfrenta hoje uma forte pressão: precisa produzir mais, com menos impacto ambiental, atendendo exigências cada vez maiores de rastreabilidade, bem-estar animal e redução de emissões — tudo isso com o custo dos insumos e da logística pesando no bolso.
Em resumo, o agro está num ponto de virada. Precisa crescer para alimentar o mundo, mas também se reinventar, inovar e garantir sustentabilidade sem perder competitividade.
É o agro brasileiro, moderno, pulsante e, agora, com o toque e a força das mulheres que movem o campo e fazem o Brasil crescer.
Bom dia! Eu sou Luana Ruiz, para a Rádio Difusora Pantanal.
