O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro Barros Donato, de 42 anos, vai depor nesta quinta-feira (9) como réu em um processo por falsidade ideológica e uso de documento falso para fins eleitorais. A audiência está marcada para as 14h, no fórum da cidade, mas há possibilidade de participação por videoconferência.
O juiz Rodrigo Barbosa Sanches conduz o caso. Participam ainda o advogado João Vítor Comiran, que defende o prefeito, e o promotor eleitoral Allan Thiago Barbosa Arakaki. O processo tem como ponto central a posse de bens não declarados oficialmente.
Juliano é acusado de omitir da Justiça Eleitoral a posse de uma caminhonete Silverado e uma casa, ambos registrados em nome de Luiz Carlos Honório, preso por tráfico de drogas. Segundo a investigação, os bens continuavam em uso pelo prefeito mesmo após a prisão do proprietário legal.
Em depoimento, Honório alegou que vendeu a caminhonete ao prefeito, mas não recebeu o pagamento integral. O veículo, assim como a casa, foi bloqueado judicialmente. Juliano alegou ter declarado a casa no valor de R$ 750 mil, mas ela segue em nome de Honório.
Outro ponto que complica a situação de Juliano é a omissão de uma caminhonete Ram em sua declaração de bens. Ele justificou dizendo que já havia vendido o veículo, o que não foi comprovado documentalmente.
Se condenado, o prefeito pode pegar até cinco anos de prisão.