Assassinado a tiros em Praia Grande, no litoral paulista, na última segunda-feira (15), o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes já havia escapado de um plano do PCC para matá-lo em 2010. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, o ataque foi evitado após investigação do GAECO e ação rápida da Rota, então sob comando do tenente Guilherme Derrite — hoje secretário da Segurança Pública.
Desde 2006, Ferraz estava jurado de morte por ter idealizado a concentração das lideranças do PCC no presídio de Presidente Venceslau. “O Ruy era o policial que mais entendia da facção”, afirmou Gakiya à GloboNews.
A execução reacende o debate sobre a falta de proteção a autoridades aposentadas que atuaram no combate ao crime organizado. Para Gakiya, o PCC age como máfia: “A execução tarda, mas não falha”. Ferraz atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil e foi um dos principais nomes no enfrentamento ao crime organizado no estado.