A Amazônia perdeu 52 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2024 uma área equivalente à França. O dado é de uma análise inédita da série histórica do MapBiomas, divulgada nesta segunda-feira (15), e revela que o bioma já perdeu 18,7% de sua vegetação original.
Dessas perdas, 15,3% foram convertidas diretamente para uso humano, com destaque para pastagens (56,1 milhões de hectares), agricultura (7,9 milhões) e mineração (444 mil). A soja responde por 74,4% da agricultura no bioma, com crescimento significativo mesmo após a Moratória da Soja, que proíbe cultivo em áreas desmatadas após 2008.
A floresta já se aproxima do “ponto de não retorno”, quando não conseguiria mais se regenerar naturalmente. Além disso, a perda de vegetação tem secado áreas úmidas: 2,6 milhões de hectares de superfícies de água desapareceram.
Apesar do cenário crítico, 6,9 milhões de hectares estão em processo de regeneração natural apenas 2% da vegetação atual da Amazônia.