Países da América Latina e do Caribe avançaram na elaboração de uma estratégia regional para enfrentar a ameaça à saúde causada por acidentes com animais peçonhentos. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), mais de 57 mil casos de picadas de serpentes são registrados anualmente na região, com números ainda maiores para acidentes por escorpiões e aranhas. Estes incidentes causam centenas de mortes e deixam muitos sobreviventes com deficiências permanentes, impactando sobretudo comunidades rurais e indígenas.
Durante a Primeira Reunião Regional de Programas de Acidentes por Animais Venenosos (REDPEVA), realizada no Instituto Butantan, foi destacado o papel das mudanças climáticas na expansão dos riscos e a necessidade de uma resposta unificada entre os setores de saúde humana, animal e ambiental. A estratégia inclui a padronização da vigilância, melhoria no acesso a antivenenos e capacitação de profissionais, alinhada à meta da Organização Mundial da Saúde de reduzir em 50% as mortes por envenenamento por serpentes até 2030.
O compromisso de 22 países da região reforça a importância da cooperação para proteger populações vulneráveis e fortalecer os sistemas de saúde pública.