O governo federal anunciou que vai priorizar a aquisição de equipamentos médicos fabricados no Brasil para abastecer o SUS. A iniciativa prevê um investimento de R$ 2,4 bilhões na compra de 10 mil dispositivos voltados ao atendimento básico e cirurgias.
A decisão ocorre às vésperas da entrada em vigor, em 6 de agosto, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros em mercados internacionais. Em 2024, cerca de 63% das exportações brasileiras de dispositivos médicos foram direcionadas às Américas, com destaque para Estados Unidos, Argentina e México.
Mesmo que os produtos nacionais custem entre 10% e 20% a mais do que similares importados, eles serão priorizados. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida é estratégica para fortalecer a indústria brasileira e garantir soberania na área da saúde.
Hoje, a produção local atende 45% das demandas do setor. O objetivo do governo é alcançar 50% até 2026 e 70% até 2033, segundo o MDIC. A política integra um esforço mais amplo para reduzir a dependência externa em áreas essenciais.