Uma das fintechs suspeitas de receber R$ 270 milhões desviados no maior ataque hacker da história do Brasil pertence a Stevan Paz Bastos, ex-chef de cozinha de Campo Grande. Antes de ingressar no setor financeiro, Stevan trabalhou como cozinheiro e chef em restaurantes do Mato Grosso do Sul até 2020, conforme seu perfil no LinkedIn.
Formado em contabilidade em Campo Grande, ele fundou a Soffy Soluções de Pagamentos há cinco anos, sediada na Avenida Paulista, São Paulo. A empresa teve bloqueados valores milionários após o ataque à C&M Software, que conectava instituições financeiras ao Banco Central.
O banco BMP, uma das vítimas, sofreu prejuízo estimado em R$ 541 milhões. A Soffy é uma das seis empresas suspensas pelo Banco Central do arranjo Pix devido à suspeita de envolvimento no esquema.
Desde junho, a fintech responde a 13 processos por fraudes relacionadas ao Pix, sem apresentar defesa. O ataque, ocorrido em 1º de julho, usou credenciais de clientes para desviar ao menos R$ 800 milhões, afetando diversas instituições financeiras.
As investigações estão em andamento com o Banco Central e autoridades policiais. A C&M Software garante que não houve invasão direta aos seus sistemas e que reforçará seus controles de segurança para evitar novos incidentes.