Em Mato Grosso do Sul, exames de DNA realizados pela Polícia Científica têm sido decisivos para garantir o direito à identidade e à cidadania de milhares de pessoas. Entre 2014 e 2024, foram emitidos 1.858 laudos periciais em ações cíveis, a maioria voltada à investigação de paternidade. Os testes são feitos gratuitamente para beneficiários da justiça gratuita, por meio de encaminhamento judicial.
Segundo a perita criminal Josemirtes Prado da Silva, diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), o avanço tecnológico e a padronização internacional tornam os laudos cada vez mais precisos. No entanto, é o impacto humano que mais marca a equipe: reencontros emocionantes, reconhecimento tardio de paternidade e encerramento de longas disputas judiciais são resultados comuns.
O exame, muitas vezes silencioso e técnico, tem força para mudar vidas. “Não se trata apenas de ciência, mas de garantir que cada pessoa tenha o direito de conhecer sua origem”, afirma Josemirtes. Até mesmo em casos com pais falecidos, a perícia atua, utilizando amostras ósseas obtidas por exumação para responder com precisão.
Ao unir ciência e justiça, o Estado reforça o acesso a direitos fundamentais e transforma histórias pessoais.