O desmantelamento do esquema bilionário de corrupção no INSS, revelado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, identificou desvios de R$ 6,3 bilhões nos contracheques de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024. A investigação já resultou no afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e na apuração de outras cinco autoridades do órgão. Está sob suspeita, ainda, o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva — o Frei Chico, irmão do presidente Lula.
Dr. Luiz Ovando (PP-MS), médico geriatra e titular da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, avalia: “É inadmissível que um governo utilize a estrutura sindical para drenar recursos dos mais vulneráveis e perpetuar sua influência política às custas da população.” Defensor da família e dos direitos dos idosos, o parlamentar destaca a indignação com o descaso a quem construiu este país.
Sobre a repercussão do assunto na mídia, o deputado progressista reflete sobre o assunto: “Enquanto vemos notícias repetidas à exaustão do ex-presidente Bolsonaro, em estado clínico grave, sendo procurado por oficial de justiça, a mando do STF, para ser citado judicialmente no leito de uma UTI, os mesmos veículos fazem malabarismos para contemporizar o assunto do INSS sem associar a gravidade do problema diretamente ao presidente Lula”, contemporiza o parlamentar.
O deputado recorda outros escândalos no INSS nas duas últimas décadas: convênios superfaturados em 2004, nomeações políticas e contratos fraudulentos entre 2011 e 2016. “Esse modelo cria um ciclo de impunidade que acaba premiando quem desvia recursos públicos. Quem comete crime muitas vezes devolve apenas parte do valor, é anistiado e retorna ao poder com o amparo da própria máquina estatal, afirma Ovando.”
Titular da comissão que zela pelos direitos dos idosos, Dr. Luiz Ovando chama a responsabilidade ao Congresso Nacional e exige a instalação imediata da CPI do INSS para interromper o saque e devolver dignidade àqueles que deram tanto a este país. “O que falta agora não é informação, é ação. O Parlamento precisa ser o freio que o Executivo não exerce”, finaliza.