Em uma operação histórica, o Ibama coordenou a maior apreensão de armadilhas para captura ilegal de lagostas já registrada no Brasil. Realizada no litoral de Acaraú, no Ceará, a ação, que contou com a colaboração da Abin e apoio de diversas forças de segurança, resultou na apreensão de milhares de marambaias, armadilhas feitas com materiais reciclados, como tambores e pneus. O uso dessas armadilhas é proibido, pois impacta negativamente a biodiversidade marinha e compromete a pesca sustentável da lagosta. Estima-se que 300 toneladas de lagostas sejam salvas da captura ilegal em 2025.
As marambaias, além de prejudicarem a fauna marinha ao capturar indiscriminadamente exemplares jovens, ainda podem poluir as águas com produtos tóxicos, danificando ecossistemas sensíveis. Durante a operação, foram removidas cerca de 75 toneladas de petrechos. A carga foi transportada e destruída pela siderúrgica ArcelorMittal, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
O superintendente do Ibama no Ceará, Deodato José Ramalho Júnior, destacou que a ação é fundamental para a preservação da qualidade das lagostas exportadas pelo estado e reforçou que a operação continuará em outras áreas do litoral cearense.