A Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), batalhão de elite da Polícia Militar de São Paulo, voltou a liderar o ranking de letalidade policial no Estado. Em 2024, foram 55 mortes em serviço, aumento de 72% em relação a 2023, conforme levantamento do Instituto Sou da Paz. O pico ocorre sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas, contrastando com a queda de letalidade registrada entre 2020 e 2022, período em que as câmeras corporais e o uso de armas não letais foram introduzidos.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) alegou que o treinamento constante e a análise das ocorrências têm sido priorizados para reduzir abusos. No entanto, especialistas apontam que políticas de controle de uso da força, como a implantação de câmeras nas fardas, foram enfraquecidas. Incursões policiais em áreas estratégicas, como a Baixada Santista, são apontadas como fatores de incentivo ao confronto, o que, segundo críticos, pode ter contribuído para a escalada de mortes.
Apesar de um aumento significativo nas operações, a falta de ações estruturais mais eficazes para conter a letalidade policial tem sido amplamente discutida por especialistas, que alertam para o impacto das atuais políticas de segurança pública.