Após 20 anos de impasses jurídicos, o projeto do piscinão na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, parece estar mais próximo de sair do papel. A obra, que visa mitigar as frequentes enchentes causadas pelo transbordamento do Córrego Verde, foi discutida mais uma vez em 2024 pela Prefeitura, após a derrubada de uma liminar que impedia sua execução. O projeto propõe a construção de um reservatório na Praça General Oliveira Alvares, próximo ao Beco do Batman, onde um idoso de 73 anos morreu durante a última inundação, em janeiro deste ano.
A obra enfrentou décadas de oposição, principalmente por parte da Associação dos Amigos do Jardim das Bandeiras, que defende alternativas com menor impacto ambiental, como o alargamento de galerias. A Prefeitura, no entanto, continua apostando no piscinão como a solução mais eficaz a curto e médio prazo, apesar de críticas sobre o custo e os possíveis danos à área verde.
Com a expectativa de começar em 2025, o piscinão terá capacidade para 25 mil m³ de água e deverá custar cerca de R$ 50 milhões. Além disso, a Prefeitura planeja ações complementares, como a renaturalização do córrego, para tratar as enchentes de forma mais sustentável a longo prazo. A obra não resolverá totalmente o problema das inundações, mas promete reduzir os impactos, o que é uma boa notícia para os moradores da região, que convivem com os danos das enchentes há décadas.