O Ministro do STF, Gilmar Mendes, anulou na segunda-feira (28) todas as condenações do ex-ministro José Dirceu relacionadas à Operação Lava Jato. Mendes argumentou que as acusações contra Dirceu serviam como um “ensaio” para futuras denúncias contra o atual presidente.
Em sua decisão, o ministro criticou a força-tarefa da Lava Jato, afirmando que seus membros utilizavam estratégias midiáticas para influenciar a opinião pública e prejudicar os réus. Ele destacou que a condenação de Dirceu foi um “alicerce” para as acusações contra Lula.
A defesa de Dirceu sustentou que as condenações resultaram de uma estratégia organizada para desestabilizar o PT. Mendes apontou que a força-tarefa abusou de conduções coercitivas, apresentando réus como criminosos.
Além disso, o ministro afirmou que a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro fazia parte de um “projeto de poder” para limitar os direitos políticos de Dirceu e impedir sua participação nas eleições de 2018. Essa decisão reacende debates sobre a legitimidade das ações da Lava Jato no Brasil.