Duas mulheres denunciaram práticas de tortura e ameaças durante um ritual religioso em um terreiro no Jardim Nhanhá, em Campo Grande. O caso aconteceu na noite de 16 de julho e teria sido comandado por um pai de santo de 40 anos, que alegou estar incorporado por uma entidade no momento dos abusos.
As vítimas, de 21 e 44 anos, relataram que foram obrigadas a beber cachaça, ajoelhar por horas com velas nas mãos e queimar as palmas com pólvora acesa por um charuto. Uma delas afirmou que foi impedida de sair mesmo após sentir fortes dores de cabeça.
O pai de santo ainda teria ameaçado dar “cabeçadas” em quem incorporasse sem autorização. Segundo as vítimas, a violência foi justificada como parte dos “fundamentos da casa”, o que foi desmentido por outros praticantes da religião.
O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e ameaça. Até o momento, o suspeito não se pronunciou.