O setor brasileiro de suco de laranja enfrenta um cenário preocupante com a aplicação de tarifas de até 50% sobre suas exportações para os Estados Unidos. De acordo com a Associação Nacional das Indústrias Exportadoras de Sucos Cítricos (CitrusBR), o impacto financeiro pode chegar a US$ 792 milhões, cerca de R$ 4,3 bilhões, um aumento de 456% em relação à safra 2024/25.
Os EUA representam o segundo maior mercado para o suco brasileiro, respondendo por 41,7% das exportações, atrás apenas da União Europeia. Na última safra, foram exportadas mais de 307 mil toneladas para o país norte-americano, gerando uma receita de US$ 1,31 bilhão.
Além das tarifas americanas, o setor enfrenta tributos elevados em outros mercados como Canadá, Japão e China, o que eleva o custo total global para US$ 1,3 bilhão, ante US$ 393,6 milhões atuais.
O aumento nas tarifas, que inclui uma taxa fixa de US$ 415 por tonelada mais uma alíquota adicional de até 50%, pode comprometer a competitividade do produto brasileiro no exterior. Segundo a CitrusBR, não há mercados alternativos com capacidade suficiente para absorver o volume prejudicado.
O setor alerta para os riscos de queda nas exportações e na receita, o que pode gerar impactos econômicos significativos para os produtores e para a cadeia produtiva do suco de laranja no Brasil.
