O Senar/MS deu início ao projeto “Carbono ATeG”, que visa mensurar as emissões de gases de efeito estufa nas propriedades rurais do estado. O lançamento acontece em meio à adaptação à nova lei federal sobre o mercado de carbono, que entra em vigor este ano. A medida deve beneficiar os produtores, que poderão negociar créditos de carbono, gerando novas oportunidades de renda.
O projeto, que começa com um diagnóstico em 30 propriedades nas cadeias de grãos e bovinocultura, utiliza ferramentas globais como o GHG Protocol e o Cool Farm Tool (CFT). Essas metodologias ajudam a calcular a pegada de carbono das propriedades, identificando quanto de gases como CO2, metano e óxido nitroso são emitidos durante a produção.
André Nunes, coordenador do Senar/MS, destaca a importância da iniciativa: “A mensuração é o primeiro passo para entender a pegada de carbono e melhorar a eficiência da propriedade. Além disso, abre portas para participação no mercado de carbono e adotar práticas mais sustentáveis.”
Ao final do diagnóstico, o produtor recebe um relatório detalhado que ajuda a identificar as práticas produtivas mais impactantes para a eficiência da propriedade. O objetivo do “Carbono ATeG” é ampliar a base de propriedades participantes e aprimorar as metodologias para redução de emissões, contribuindo para a meta do estado de neutralidade de carbono até 2030.
Com a nova legislação, as empresas que emitem grandes quantidades de gases precisam compensar suas emissões comprando créditos de carbono, o que gera novas oportunidades para o setor agropecuário.
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