A troca de gestão no município de Naviraí, a 360 km de Campo Grande, teria revelado um rombo nos cofres públicos da Prefeitura Municipal. O prefeito eleito Rodrigo Sacuno (PL) e a vice-prefeita, Telma Minari (União Brasil), realizaram coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8) para detalhar ‘herança’ de R$ 15,2 milhões em dívidas do município.
“Somente de contas vencidas em dezembro, resultantes de aquisições de produtos ou de serviços prestados, portanto, dívidas junto à fornecedores que devem ser pagas exclusivamente com recursos de receita própria do Município, são R$ 8,2 milhões”, informou o prefeito, que afirmou ter apenas R$ 2,2 milhões em caixa.
Ele ainda pontuou outras despesas que estariam atrasadas. “A retenção na folha de pagamentos de valores que foram descontados dos servidores, mas não repassados aos bancos, relativos aos consignados, Cassems e INSS somam uma dívida de R$ 5,4 milhões. Identificamos também a despesa com a Previdência vencida em dezembro não paga e nem empenhada, sendo mais R$ 3,9 milhões”, afirmou. A dívida total seria mais de R$ 17,2 milhões.
Ainda na coletiva de imprensa, o prefeito informou que vai discutir com as gerências e ordenadores de despesas quais as medidas possíveis para quitar as dívidas. Para contenção de gastos, Sacuno determinou a diminuição de despesas e de economias em todos os setores.
“Estávamos planejando algumas nomeações, mas, não vamos conseguir fazer tendo em vista a falta de dinheiro, o que nos preocupa muito. Faremos nomeações somente necessárias”, disse Rodrigo Sacuno.
Diante do relatório, o prefeito disse que convidou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para acompanhar os levantamentos que estão em andamento. O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) também deverá ser acionado, divulgou prefeitura.
A ex-prefeita Rhaiza Matos (PSDB) divulgou que realizará uma live nas redes sociais para rebater as acusações. “Vão tentar atribuir a mim a incompetência e falta de preparo de alguns e isso não aceitarei”, escreveu.
fonte: midiamax